Preparação Perineal

Hoje vamos conhecer a musculatura que compõe o períneo. Mas, onde fica isso mesmo? Vamos primeiro lembrar dos orifícios ou esfíncteres. São três: vagina, uretra e ânus mais atrás. Estão relacionados às vísceras: útero (faz parte do sistema reprodutor), bexiga (sistema urinário) e reto (faz parte do sistema digestório), que é a última parte do intestino grosso e fica bem logo acima do ânus. Assim sendo, essas vísceras e seus prolongamentos e orifícios tem relação direita com o assoalho pélvico e a musculatura que hoje iremos conhecer. Afinal, iremos conhecer toda a musculatura que funciona como um diafragma pélvico e sustenta e dá suporte às vísceras. Quando está não está tonificada, sem sua capacidade total de contrair e descontrair ou tonificar e distender, podem ocorrer as famosas incontinências urinárias ou em casos mais graves, prolapsos de bexiga ou útero. Será que você conhece alguém que teve que colocar redinha? Eu tive várias alunas que precisaram e muitas delas, nunca haviam engravidado ou passado por um parto. Então, é mito crer que a causa de problemas perineais estão relacionados somente ao parto. A história na verdade é outra.

Na imagem abaixo, veja com detalhes cada parte do períneo e todas as musculaturas adjacentes que também fazem parte do processo. Perceba e reconheça seu corpo nessa imagem. É importante começar a ver (olhando em um espelho), tocar (massagem perineal) e apropriar-se do seu corpo, para conseguir manter uma boa saúde perineal e consequentemente compreender o trabalho de parto .

períneo.info



Sendo assim, podemos ver que o assoalho muscular pélvico é um conjunto de músculos: um superficial e outro mais profundo.  E como eu disse acima, formam como um diafragma pélvico que sustenta e dá suporte às vísceras (útero, bexiga e reto). Há músculos que se entrecruzam e circundam os esfíncteres e controlam-os. Além disso, essa musculatura do assoalho pélvico está aí para ao mesmo tempo que sustenta também é elástica e permite a passagem. Como podemos ver em momentos como o parto ou o sexo.Mūla significa raíz ou firmemente fixado e está relacionado à raíz da coluna ou períneo, onde a energia Kundalini jaz adormecida. Sendo assim, é uma técnica que trabalha com as energias da nossa base, além de estimular a musculatura pélvica, tonifica os sistemas urogenital e reprodutor, e auxiliando a mobilizar a energia para cima em direção dos demais chakras, em direção ao topo da cabeça. Aqui, de forma muito mais prática, buscaremos o primeiro contato e aproximação desta musculatura. Que é usada durante as práticas de yoga, tanto por questões de direcionamento energético, durante exercícios respiratórios, meditação e nas práticas de āsanas, para dar suporte, sustentação, estabilidade e proteção a região lombar.No Yoga temos uma técnica que é simplesmente ideal e muito funcional para este trabalho de fortalecimento. Chama-se mūla bandha. A técnica consta em contrair os esfíncteres e elevar o assoalho pélvico e então, sustentar. Quando fazemos isso, estamos também, contraindo da forma correta a musculatura abdominal. Assim, o movimento é para cima e para dentro, e não exerce uma pressão para baixo, como pode acontecer quando contraímos o abdômen da forma errada.É importante, no entanto, perceber se ao realizar mūla bandha, não estamos contraindo musculaturas que não deveríamos, como os glúteos. A intenção é isolar e fazer o bandha da forma mais precisa e sem tensão.No entanto, há vários tipos de contração e ativação perineal. Falei acima do movimento que começa no exterior e sobe como elevadores subindo andares. (Eu costumo usar essa analogia, de três andares, sendo os esfíncteres, o piso térreo). Há também o trabalho mais profundo, onde em duas contrações diferentes, visamos aproximar o cóccix da púbis e os dois ísquios. Dessa forma, trabalhamos as camadas mais profundas.Você pode começar a fazer esse trabalho em uma postura sentada ou deitada de costas no solo com as pernas flexionadas. Dessa forma, conseguimos perceber, pelo contato dos glúteos no solo, se estamos contraindo-os. Conseguimos com a prática perceber e isolar a musculatura que deve trabalhar e quem deve ficar passivo. Tente!Porém, assim como é importante tonificar, também é importante saber alongar, soltar e criar espaço. Dá mesma forma que trabalhamos a contração e elevação, e também as aproximações, iremos trabalhar a descida e o soltar. Agora, imaginando que estamos descendo os andares que subimos até o piso térreo. Observando o quanto conseguimos soltar e relaxar. Trabalhe com a respiração em conjunto. Procure, expirar e relaxar. Lembre-se: relaxe os glúteos e relaxa a musculatura interna das coxas. Permita soltar e abrir. Lembre-se: precisamos do meio-termo. Nem tão forte e nem tão solto!
fortalecimento

Fonte: Yoga Way

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