
Na imagem abaixo, veja com detalhes cada parte do períneo e todas as musculaturas adjacentes que também fazem parte do processo. Perceba e reconheça seu corpo nessa imagem. É importante começar a ver (olhando em um espelho), tocar (massagem perineal) e apropriar-se do seu corpo, para conseguir manter uma boa saúde perineal e consequentemente compreender o trabalho de parto .
Sendo assim, podemos ver que o assoalho muscular pélvico é um conjunto de músculos: um superficial e outro mais profundo. E como eu disse acima, formam como um diafragma pélvico que sustenta e dá suporte às vísceras (útero, bexiga e reto). Há músculos que se entrecruzam e circundam os esfíncteres e controlam-os. Além disso, essa musculatura do assoalho pélvico está aí para ao mesmo tempo que sustenta também é elástica e permite a passagem. Como podemos ver em momentos como o parto ou o sexo.Mūla significa raíz ou firmemente fixado e está relacionado à raíz da coluna ou períneo, onde a energia Kundalini jaz adormecida. Sendo assim, é uma técnica que trabalha com as energias da nossa base, além de estimular a musculatura pélvica, tonifica os sistemas urogenital e reprodutor, e auxiliando a mobilizar a energia para cima em direção dos demais chakras, em direção ao topo da cabeça. Aqui, de forma muito mais prática, buscaremos o primeiro contato e aproximação desta musculatura. Que é usada durante as práticas de yoga, tanto por questões de direcionamento energético, durante exercícios respiratórios, meditação e nas práticas de āsanas, para dar suporte, sustentação, estabilidade e proteção a região lombar.No Yoga temos uma técnica que é simplesmente ideal e muito funcional para este trabalho de fortalecimento. Chama-se mūla bandha. A técnica consta em contrair os esfíncteres e elevar o assoalho pélvico e então, sustentar. Quando fazemos isso, estamos também, contraindo da forma correta a musculatura abdominal. Assim, o movimento é para cima e para dentro, e não exerce uma pressão para baixo, como pode acontecer quando contraímos o abdômen da forma errada.É importante, no entanto, perceber se ao realizar mūla bandha, não estamos contraindo musculaturas que não deveríamos, como os glúteos. A intenção é isolar e fazer o bandha da forma mais precisa e sem tensão.No entanto, há vários tipos de contração e ativação perineal. Falei acima do movimento que começa no exterior e sobe como elevadores subindo andares. (Eu costumo usar essa analogia, de três andares, sendo os esfíncteres, o piso térreo). Há também o trabalho mais profundo, onde em duas contrações diferentes, visamos aproximar o cóccix da púbis e os dois ísquios. Dessa forma, trabalhamos as camadas mais profundas.Você pode começar a fazer esse trabalho em uma postura sentada ou deitada de costas no solo com as pernas flexionadas. Dessa forma, conseguimos perceber, pelo contato dos glúteos no solo, se estamos contraindo-os. Conseguimos com a prática perceber e isolar a musculatura que deve trabalhar e quem deve ficar passivo. Tente!Porém, assim como é importante tonificar, também é importante saber alongar, soltar e criar espaço. Dá mesma forma que trabalhamos a contração e elevação, e também as aproximações, iremos trabalhar a descida e o soltar. Agora, imaginando que estamos descendo os andares que subimos até o piso térreo. Observando o quanto conseguimos soltar e relaxar. Trabalhe com a respiração em conjunto. Procure, expirar e relaxar. Lembre-se: relaxe os glúteos e relaxa a musculatura interna das coxas. Permita soltar e abrir. Lembre-se: precisamos do meio-termo. Nem tão forte e nem tão solto!
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